Biblioteca de Alexandria acabou por falta de verba, dizem historiadores

Não foi o famoso incêndio: pesquisadores defendem que a biblioteca entrou em declínio gradual e burocrático por falta de recursos

Editora Globo       Litografia representa o incêndio na biblioteca. (Foto: Wikimedia Commons)

A Biblioteca de Alexandria nasceu em 283 a.C. Famosa nas aulas de história como aquela que foi queimada e, junto com o fogo, teve manuscritos de valor inestimável já no mundo antigo (imagina hoje!) destruídos, ela ficava em Alexandria, cidade helênica fundada no Egito por Alexandre, o Grande. O imperador seguinte ele, Sotero Ptolomeu II, quis construir um museu de estilo grego que atraísse estudiosos do mundo todo. Daí surgiu a Ptolemaic Mouseion Academy, o nome oficial da Antiga Biblioteca de Alexandria.

Não se fala, no entanto, que historiadores têm uma versão diferente sobre a decadência da Biblioteca e seu fim. De acordo com o historiador Heather Phillips, a responsabilidade da destruição da biblioteca não pode recair completamente sobre Amr ibn al-As, então governador geral do Egito, que a teria queimado em 642. Para Phillips, o declínio da Biblioteca de Alexandria foi gradual e se deveu a algo que, infelizmente, a gente conhece bem: um corte de gastos públicos.

“Embora pareça adequado que a destruição de uma instituição tão mítica quanto a Grande Biblioteca de Alexandria necessitasse de uma explicação que envolvesse um evento cataclísmico… na realidade, as fortunas da Grande Biblioteca encolheram e desapareceram junto com as de Alexandria. Muito de seu declínio foi gradual, burocrático e, comparando com nossa imaginação cultural, nada grandioso”, escreveu Philips. Continua na fonte: Revista Galileu.

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