Hoje na história: 1912, centenário de Luíz Gonzaga

O centenário de Luiz Gonzaga. Fernando Pereira/CPDoc JB
O Brasil conheceria menos o Nordeste sem ele. Talvez o próprio Nordeste se conhecesse menos sem o gênio que surgiu do chão árido da caatinga: Luíz Gonzaga… Um Quixote de cara redonda, chapéu de couro e bandoleira de cangaceiro atravessada no peito, que, com sua sanfona de oito baixos, sua voz soando a sertão, ousou furar a onda da música norte-americana que invadia o Brasil nos anos 40. Primeiro porta-voz da cultura marginalizada do longínquo Nordeste, trouxe à tona a redescoberta de sua gente, mostrando em baiões, xaxados, xotes e toadas, canções que falavam não só das festividades regionais, mas também da triste realidade de injustiças sociais de sua terra.

Autor de obras-primas como Asa branca, Juazeiro, Assum preto, Baião , A vida do viajante e O xote das meninas, é considerado um dos fundadores da música brasileira, ao lado do orquestrador, instrumentista e chorão Pixinguinha, do praieiro Dorival Caymmi e do urbano Noel Rosa, pela contribuição de sua arte que expandiu para o Norte os horizontes da canção nacional.

Nascido numa sexta-feira, 13 de dezembro de 1912 na Fazenda Caiçara, em Exu, interior pernambucano, Luiz Gonzaga do Nascimento, filho do velho Januário, conhecido por consertar foles e animar bailes na região, revelou cedo suas preferências musicais quando ganhou o seu primeiro fole de oito baixos.  Continua na fonte: JB Hoje na História.

Deixe um comentário

Arquivado em Arte e cultura

Deixe um comentário